Você já ouviu falar sobre o plantio direto e suas influências no cenário agrícola brasileiro? Essa prática sustentável vem ganhando destaque entre os produtores, trazendo melhorias significativas para a produção, e sobretudo, para a saúde do solo.

No cultivo da soja, é crucial entender como o plantio direto é implementado, suas vantagens a longo prazo e detalhes específicos que auxiliarão na produtividade da produção. Continue a leitura para saber mais!

O que é plantio direto na soja?

O plantio direto é uma técnica agrícola sustentável que preserva a matéria orgânica, como plantas e palha, na superfície do solo. Esta prática visa proteger o solo do impacto direto da chuva, prevenindo a erosão e o escoamento superficial, além de trazer vários outros benefícios socioeconômicos e ambientais.

Neste método, não ocorre preparação prévia do solo, concentrando-se apenas na linha de semeadura, onde as sementes da soja são inseridas diretamente nos resíduos através de covas, reduzindo a manipulação do solo. A adubação é realizada após a semeadura, seguida pela aplicação de herbicidas, quando necessário.

Os benefícios do plantio direto

A adoção do plantio direto diminui a emissão de gases estufa, reduz os custos com implementos agrícolas a longo prazo e previne a degradação do solo, ao mesmo tempo que melhora significativamente sua qualidade. Esta técnica é reconhecida como uma prática socioambiental, contribuindo para a economia e trazendo benefícios expressivos para a plantação. Veja mais a seguir:

Redução da erosão do solo

A presença de resíduos orgânicos e palhadas age como barreiras, regulando a infiltração da chuva. Esse controle hídrico minimiza a erosão, estabiliza a temperatura, aumenta a fertilidade e previne danos causados pela erosão.

Melhoria da saúde do solo

O plantio direto oferece diversos benefícios ao solo, incluindo a redução da compactação, deformação e perda de nutrientes por arraste. Evita o assoreamento de rios, mantém o solo úmido, enriquecido e preserva a matéria orgânica na superfície por mais tempo. Assim, contribui para uma agricultura sustentável e produtiva.

Redução do uso de fertilizantes e pesticidas

Com a segurança e saúde do solo reforçadas, o uso de defensivos acaba se tornando menos necessário, já que o solo fica mais abastecido de água e nutrientes devido à cobertura de matéria orgânica e menor manipulação do solo.

Melhoria da qualidade da água

Ao reduzir a erosão e aumentar a filtragem de poluentes pelo solo, menos resíduos são escoados para o ecossistema aquático, diminuindo a poluição dos recursos hídricos e, consequentemente, melhorando a qualidade da água – tanto a usada na agricultura, quanto para consumo humano.

Melhoria da biodiversidade

A cobertura vegetal orgânica proporciona habitat para predadores naturais de pragas na sojicultura, preserva a microbiota do solo, das águas e da biodiversidade em geral. A redução do uso de fertilizantes e defensivos também contribui para a preservação do agroecossistema e do solo, já que estes podem ser nocivos.

O plantio direto torna o solo mais saudável e reduz a poluição dos recursos naturais, fatores que beneficiam diversos seres vivos, como microrganismos, animais e plantas.

Aumento da produtividade

O plantio direto pode aumentar em até 30% a produtividade da sojicultura em relação ao plantio convencional. Essa melhoria se deve a fatores como a redução do custo de produção, diminuição da erosão, melhoria da qualidade do solo, melhor controle de pragas e, por ser uma prática sustentável, evita a degradação e potencializa os recursos, mantendo a qualidade da produção por muito mais tempo e beneficiando o produtor financeiramente.

Desafios do plantio direto

Embora traga benefícios inegáveis, o sistema de plantio direto também apresenta desafios. Os produtores podem enfrentar obstáculos ao implementá-lo, como a adaptação inicial, a espera pela decomposição de resíduos, a necessidade inicial maior de controlar pragas e ervas daninhas, a tendência à dependência de agrotóxicos e herbicidas devido à ausência de rotação de cultura, a proliferação de fitonematóides e a falta de equipamentos adequados.

Para facilitar a adaptação ao plantio direto, algumas práticas podem ser adotadas, como o uso de cultivares resistentes a fitonematóides e outras pragas, a rotação ou diversificação de culturas na mesma área produtiva e o controle integrado de pragas e ervas daninhas. 

Após o período inicial de implementação do sistema, é esperada uma redução nos custos e um aumento da eficiência do plantio.

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